Psicóloga, Professora e Pesquisadora da Interface Ser Humano, Tecnologia, Informação e Comunicação da PUC/SP desde 2005. Compõe a equipe do Janus - Laboratório de Estudos da Psicologia, Tecnologia, Informação e Comunicação da PUC-SP. Leciona, pesquisa e palestra sobre o que vem acontecendo com o ser humano, as mídias tradicionais, a sociedade e as ferramentas tecnológicas contemporâneas, como a internet, sites de relacionamento, redes sociais, comunicadores instantâneos entre outros.
domingo, 2 de setembro de 2012
Pais superprotetores podem prejudicar os filhos, diz psicóloga
Excesso de zelo pode acabar acarretando problemas futuros
17/05/12 às 15h38 - Atualizado em 22/05/12 às 03h31 imprimir
Isabela e Filipe enfretam problemas no relacionamento, devido à superproteção de Fabiano, o pai da menina
Quem tem filhos sabe o que é ter preocupação. Mas o que boa parte dos pais não sabe é que o excesso de zelo pela prole pode prejudicar, e muito! Não se preocupar pode parecer negligência, e aí muitos pais se voltam para o caminho oposto: a superproteção.
Fabiano, personagem de Danton Mello, um pai
superprotetor que proibiu a filha de namorar
A personagem de Bella Camero, a Isabela, em Malhação, está sentindo na pele o que é isso com os cuidados de seu pai, Fabiano, vivido por Danton Mello. Desde que o cineasta descobriu que a jovem começou a namorar Filipe, personagem de Pedro Tergolina, sua paz acabou e, para piorar a situação, o namoro também. O medo de a filha sofrer com a nova experiência, principalmente pelo fato de seu namorado ser um deficiente visual, levou o cineasta à uma atitude extrema: proibir a relação.
Psicóloga do NPPI da PUC-SP, Andréa Jotta
(Foto: Divulgação / Arquivo pessoal)
A psicóloga da PUC-SP Andréa Jotta explica que proibição é uma coisa imposta e que vai gerar duas saídas inevitáveis ao filho: aceitar ou negar. "A relação ideal entre pais e filhos é feita de diálogo... mesmo que não seja ideal para os pais, os filhos têm o direito de fazer as próprias escolhas", afirma. A superproteção que os pais adotam acabam ignorando uma peça fundamental para o desenvolvimento do jovem: a autonomia, ou seja, a capacidade de fazer escolhas.
"Os pais têm que ter em mente que é o adolescente quem vai viver a experiência, não o pai. A intromissão na vida dos filhos pode começar num namoro, amanhã já pode ser na carreira profissional, na decisão de seu próprio futurio”, destaca Andréa, que ainda ressalta que a proteção exagerada ultrapassa o limite de uma relação saudável.
Segundo pesquisas, pais que adotam esse tipo de comportamento com os filhos são pessoas inseguras e ansiosas, por temerem que os filhos os abandonem. “Quando você faz uma coisa demais, você acaba deixando de fazer outra. Um pai com perfil superprotetor geralmente deixa de viver sua própria vida, não trabalha direito, não ocupa a mente, não tem vida social, pois o tempo que tem para fazer isso, superprotege alguém. Acaba vivendo a vida do filho”, revela.
O jovem superprotegido tende a ser...
Medroso
Inseguro
Dependente
Impaciente
Egoísta
Individualista
Com dificuldade de relacionamento
Com dificuldade para fazer escolhas
O bom senso deve prevalecer nas relações familiares, entre pais e filhos. Saber respeitar os limites e educar é a melhor forma de se chegar a um entendimento.
O ideal é sempre optar pelo caminho da conversa: “Manter a postura, sem brigas, sem discussão, sem entrar na questão do certo e do errado, mostrando ao filho a integridade, caráter e valores que lhe foram passados. Proteger o filho de forma saudável, não impondo, mas como um conselheiro", finaliza a psicóloga.
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